DOURADO (Salminus maxillosus)
Características: Considerado o "rei dos rios", o dourado
pertence a uma família que tem o corpo lateralmente deprimido e o maxilar
inferior proeminente. O tempo médio de vida é de 15 anos e seu porte varia de
acordo com seu habitat. A espécie apresenta o chamado dimorfismo sexual, com as
fêmeas sendo sempre maiores que os machos, podendo atingir mais de um metro de
comprimento. O dourado macho tem espinhos na nadadeira anal, que não aparecem
na fêmea.
Conforme vai ficando adulto, sua coloração se torna amarelo-dourado, possuindo
reflexos avermelhados com uma mancha na cauda e estrias escuras nas escamas; na
parte inferior, a coloração clareia gradativamente, com cauda e barbatanas
possuindo coloração avermelhada. Cada escama apresenta um pequeno filete negro
no meio, formando riscas longitudinais dessa cor desde a cabeça até a cauda e
do dorso até abaixo da linha lateral. Possuem anal longa e grande número de
escamas na linha lateral.
Hábitos: Carnívoro agressivo e canibal, o dourado se alimenta de
pequenos peixes nas corredeiras e nas bocas de lagoas, principalmente durante a
vazante, quando os outros peixes migram para o canal principal. Sua dieta é
formada basicamente por tuviras, lambaris e piaus.
Os exemplares nadam em cardumes nas correntezas dos rios e afluentes e realizam
longas migrações reprodutivas - piracemas -, podendo deslocar-se até 400 km rio acima e percorrendo
uma média de 15 km
por dia.
Curiosidades: É o maior peixe de escamas da Bacia do Prata e pode saltar
mais de um metro para fora d'água quando está subindo o rio para desovar,
vencendo grandes quedas d'água com facilidade.
Onde encontrar: Devido à construção de diversas barragens nos grandes
rios brasileiros, a espécie tem seu estoque populacional diminuído
consideravelmente; porém, ainda é encontrado durante todo o ano, principalmente
na Bacia do Prata, onde vivem nas corredeiras e na boca de lagos durante a vazante
- à procura de alimento.
Durante a desova, procuram as cabeceiras dos rios, de águas mais limpas, onde
os alevinos têm maior chance de sobrevivência. O tamanho mínimo para captura é
de 60 cm .
Habitat: águas rápidas, corredeiras e cachoeiras, assim como
as margens de barranco, bocas de corixos e galhadas no meio dos rios.
Ocorrência: bacia do Paraná, bacia de São Francisco,
bacias do Rio Doce e do Paraíba do Sul (estados de Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Pernambuco, Bahia, Alagoas,
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